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Venham os tomates, venham os grelos! São todos bem vindos. Descontraiam, estejam à vontade que, este é um espaço de prazer.
É hora de almoçar e estou esfomeado. Preciso de ingerir calorias urgentemente. Deixo o computador em stand-by, visto o casaco, coloco as chaves no bolso, fecho a porta e meto-me no carro.
- "Onde vou almoçar", penso eu enquanto ligo a ignição e coloco o cinto.
- "Já sei! Vou ao shopping", dialogo comigo próprio mentalmente.
Engato a marcha atrás e aqui vou eu. Felizmente o centro comercial é aqui mesmo ao lado. Deixo o carro junto às escadas rolantes, na zona de restauração.
- "Irra que estou mesmo preguiçoso!", refila a minha mente.
Apresso-me a aceder à zona de restauração para o tão ansiado repasto.
- "Porque é que tinham de colocar a zona de restauração tão longe das escadas rolantes?", indaguei eu.
Caminho em direcção ao meu destino, qual transeunte do deserto em direcção a um oásis, e eis senão quando os meu olhos se detêm numa mulher que obviamente me chama a atenção. Caminha em direcção contrária. Afiro-a dos pés à cabeça. É alta e elegante. É bonita. Não é espampanante mas, veste-se o suficiente para realçar as curvas onde agora me prendo.
Os nossos olhares cruzam-se e percebo que também prendi a tua atenção. Rapidamente fazes de conta que não é nada contigo. Mas estou hipnotizado.
- "Para onde vais?", pergunto-me.
Mudas de direcção no entroncamento. Parece que vais para a zona de restauração. Interessante. Também vou para lá. Paras nas saladas, enquanto eu vou direitinho às massas. Gosto do contraste! Tento não te perder de vista enquanto sou atendido. Distraidamente olhas em teu redor. Sim, também estou a olhar para ti! Observo onde te acomodas para desfrutares do teu almoço. Faço questão de te ter no meu campo de visão. Coloco-me estrategicamente à tua frente. Quero que saibas que estou a olhar para ti e que estou interessado em ti. Finalmente entras no jogo. Afinal és tão provocadora quanto eu. Gosto da tua atitude!
Estou a gostar do jogo e quero levá-lo mais longe. Para isso tenho de ser audacioso. Está na hora. Levanto-me e dirijo-me até à mesa dela.
- Posso?
- Faça favor.
- Por favor, não me trates por "você".
- Mas não o conheço de forma a tratá-lo por tu.
- Mas só depende de nós alterar isso.
- É verdade mas...não é fácil.
- Tudo se torna fácil quando nos empenhamos.
- Concordo mas, somos dois estranhos.
- Pois somos mas...ainda assim não consigo tirar os olhos de ti.
- Eu reparei...
- Desculpa mas...huhh...
- "Desculpa" porquê? Se me tivesses incomodado, tinhas percebido.
- Se tivesse percebido, não estava aqui.
- É bom saber.
- Pois...e agora...para onde vamos?
- Para onde vamos?!?!?!?
- Sim...no sentido de, para onde caminha esta situação?
- Ahh...pois...não sei.
- Posso ser muito honesto?
- Agradeço que sejas.
- Despertas-me desejo.
- Desejo?
- Sim. És uma mulher bonita, atraente e...por alguma razão, captaste a minha atenção. Não te conheço...não posso sentir nada por ti...mas que me atrais, atrais.
- Também és um homem interessante.
- Obrigado. Interessante ao ponto de cometeres uma loucura?
- Loucura? Que tipo de loucura?
- Sairmos daqui... Irmos para um hotel... Conhecer-mo-nos melhor!
- Sim. Isso entra definitivamente no campo da loucura.
- E a loucura não pode proporcionar muita satisfação?
- Não sei...nunca cometi nenhuma desse tipo...
- É boa uma oportunidade para experimentar...
- Assim?... Sem mais nem menos?
- Não! Não é sem mais nem menos. Desejo-te. Se me desejares...não é sem mais nem menos.
- Admito que esta situação é excitante.
- E podemos ir até ao fim...
- Onde?
- Estás de carro?
- Sim.
- Então vem atrás de mim.
- Vamos!
Com esta história ficcionada, pretendo apenas deixar uma ideia. Porque temos de complicar coisas complicadas? Não estou a dizer que devemos andar a foder uns aos outros arbitrariamente. O que digo é que, se duas pessoas se sentem atraídas, que falem sem preconceitos. Se não levar a nada, tudo bem. Se levar a sexo, pois que seja bom para ambos. Se levar a amor, excelente. Mas para isso acontecer, é necessário despir-mo-nos de preconceitos e respeitarmos mais as nossas emoções e os nossos instintos. Tenho dito!
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